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A sustentabilidade do edifício está conectada à saúde das pessoas

Publicado em 16 . 02 . 2021

Não há nada mais reconfortante do que chegar em casa após um dia puxado no trabalho. A sensação de conforto no lar contribui com uma melhor qualidade de vida. Contudo, se você não sentir esta sensação no local onde mora, talvez o problema seja a própria construção. A sustentabilidade nas construções está diretamente conectada à nossa saúde.

Esse assunto é de suma importância. Já fez as contas de quanto tempo do dia você passa dentro de um edifício e de quanto fica ao ar livre? Antes do Covid-19 costumávamos sair de um pela manhã, vamos a outro para trabalhar até o fim de tarde e, para se divertir, vamos a uma terceira edificação, como cinema, teatro, bar e ginásio. Sem falar, claro, em metrô, restaurantes, etc…Durante a pandemia então, passamos dias inteiros dentro de um edifício. 

Dessa forma, é evidente que a estrutura destes locais impacta a saúde física e mental das pessoas. Basta entrar em ambientes com pouca ventilação para logo se sentir sufocado e com respiração ofegante. O contrário também é válido, com o relaxamento e bem-estar que cômodos iluminados e espaçosos podem, por exemplo, proporcionar.

Isso ocorre pela forma como o edifício lida com os recursos naturais e o meio ambiente. Da elaboração do projeto à manutenção do local, é necessário garantir a qualidade do ar e água, por exemplo, além de valorizar outros elementos, como vistas para ambientes externos, vegetação nativa, isolamento acústico, iluminação natural, entre outros.

Afinal, de acordo com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a construção civil é responsável pelo consumo de 40% a 75% da matéria-prima produzida no planeta.  Dessa forma, a sustentabilidade do edifício é um dos destaques da agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

Já ouviu falar da Síndrome do Edifício Doente?

Quando uma construção não se preocupa com as questões relacionadas a quesitos como a  qualidade do ar interno e manutenções adequadas, ela própria pode “ficar doente” – e consequentemente compromete a saúde de todos seus ocupantes. Sim, isso existe e é conhecido como “Síndrome do Edifício Doente”, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde a década de 1980.

Não se engane. Um edifício doente não é aquele que tem sua estrutura comprometida e precisa de reformas. Na verdade, pode ser um recém-construído. O que determina é justamente as condições internas e externas que comprometem o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas que moram, trabalham ou convivem no local.

O conceito de sustentabilidade do edifício ganhou força nos últimos anos justamente para combater e reduzir a quantidade de edifícios doentes, além da constante preocupação com recursos naturais e econômicos. É neste ponto que entra em ação as certificações ambientais, como o LEED, GBC Brasil Casa e GBC Brasil Condomínio. Elas avaliam se o projeto está seguindo à risca as boas práticas ambientais e sociais.

Por que estimular a sustentabilidade do edifício?

Atualmente, não há mais espaço para projetos na construção civil que não demonstram preocupação com causas sustentáveis e sociais. Veja porque:

1 – Pessoas preferem trabalhar em edifícios sustentáveis

Em edifícios comerciais, o profissional se sente mais à vontade e feliz em espaços sustentáveis do que em locais que não possuem essa característica. O escritório da Floth, consultoria em green buildings na Austrália, viu 72% dos profissionais confirmarem uma melhora em seu estado de saúde e qualidade de vida por essa razão. 

2 – Empresas podem economizar dinheiro com construções verdes

A sustentabilidade do edifício também pode ser financeiramente vantajosa. Projetos que apostam no uso consciente de recursos e desenvolvem iniciativas sociais alcançam uma economia tanto na concepção quanto na operação. O escritório da Cundall, no Reino Unido, poupa estimados US$ 200 mil por ano com a menor rotatividade provocada por doenças relacionadas ao local. 

3 – Valor patrimonial aumenta com a saúde

A melhora nos indicadores de saúde e qualidade de vida dos ocupantes de um edifício está diretamente conectada ao valor patrimonial do imóvel. Quanto mais saudável, maior seu valor. Em Hong Kong, a Henderson Land Development criou uma comunidade de uso misto em que as propriedades com certificação sustentável têm um valor de revenda 40% maior.

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