Muitos ainda pensam em residências sustentáveis como algo caro, sofisticado, para poucos. No relatório GBC em Ação: Residencial se conhecerá casos e mais casos provando que uma casa sustentável além de todos os benefícios de saúde, conforto e bem-estar a seus moradores é um excelente negócio. Vejam o exemplo da Casa Mariscal, em Sinop, no Mato Grosso, construída para dimensionar as vantagens e dificuldades de uma obra que usa os parâmetros de certificação do GBC e seu eventual valor agregado. Se precisavam desta prova, Marlon Leão e a esposa Bárbara, seus construtores, não tem mais dúvidas. “Vale muita a pena, para quem constrói, para quem vende e para quem compra; posta à venda, a casa teve uma procura impressionante”, no depoimento do arquiteto. Foi vendida em 15 dias por um valor excelente para a região. E após ser vendida, houve “uma corrida maluca” ao escritório em busca de casas sustentáveis, como conta Leão. Mas há muitos mais exemplos, alguns destes mostrados nesta publicação. E por que vale a pena ter uma construção residencial, um condomínio, uma casa ou apartamento, certificado?
A primeira resposta assertiva é a sustentabilidade. A indústria da construção é uma das mais, se não a mais, poluente do mundo. O gasto e o desperdício de recursos são imensos. Reduzir os gastos e os resíduos de uma obra é uma vantagem para o bairro, para a cidade, para o planeta. “Ser sustentável não será apenas um diferencial de uma construção, será uma obrigação”, imagina a arquiteta Vivian Coser, ela mesma uma defensora e proprietária de uma residência certificada. Os dirigentes do GBC não tem dúvidas que o sucesso que o Green Building teve e tem no setor corporativo com a certificação LEED está vindo também no setor residencial com os certificados Casa & Condomínio e agora com o LIFE, voltado aos interiores residenciais. Pois uma construção verde além de diminuir o uso de recursos naturais e os custos operacionais, aumenta a qualidade técnica da obra e ainda se torna um diferencial competitivo no mercado.
“O interessante é ver como o movimento green building impacta toda a cadeia do negócio”, diz Felipe Faria. Vai desde o treinamento de operários e corretores, passa pela evolução de técnicas e materiais de construção e acabamento, e impacta nas prioridades do consumidor. É um ciclo completo. “Sempre haverá mudanças comportamentais do consumidor, mas as qualidades de uma construção verde serão perenes”. Por isso e outros fatores, construtoras e incorporadoras estão cada vez mais valorizando a residência verde e não à toa ela chegou até ao setor popular, com a certificação de um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida na região metropolitana de Curitiba, no Paraná.
A pandemia fez a todos permanecerem mais em suas casas e explicitou ainda mais a necessidade, o diferencial dos valores de conforto, saúde e bem-estar presentes numa edificação certificada. Por isso a iniciativa da certificação LIFE. Para disseminar seus valores, será neste início oferecida como cortesia para apartamentos em edifícios certificados GBC CONDOMÍNIO. Mas para qualquer unidade o valor é praticamente simbólico. É mais um item para disseminar o valor da sustentabilidade, que, como diz Raul Penteado, é um caminho sem linha de chegada.
O artigo apresentado é parte do relatório GBC em Ação: Residencial, que pode ser acessado gratuitamente abaixo.