Se ao entrar em uma casa ou sala comercial, você começa a espirrar e/ou sentir dor de cabeça, muito provavelmente o problema não está em você, mas no próprio prédio em si. A Síndrome do Edifício Doente é uma mazela cada vez mais comum em um cenário em que as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados – seja em suas casas, escritórios de trabalho, escola, academia, restaurantes…. Mesmo assim, a grande maioria desconhece essa condição.
Quando temos alguma doença, raramente consideramos o local em que trabalhamos ou moramos como a principal causa. No primeiro sinal de dor de cabeça ou enjoo, culpamos a vida sedentária ou maus hábitos alimentares – ou ambos. No caso de doenças infecciosas, não questionamos nem onde e nem porque as pegamos.
Entretanto, os prédios exercem grande influência em nossa saúde – para o bem e para o mal. Um lugar saudável e aconchegante promove mais qualidade de vida (física e mental). Porém um ambiente que não segue boas práticas de construção sustentável pode agravar situações.
Afinal de contas, estimativas indicam que passamos 90% de nossas vidas dentro de algum imóvel. Com mais tempo em casa, ficou evidente como muitas construções precisavam passar por reformas para serem, de fato, agradáveis e confortáveis para nossas vidas.
A Síndrome do Edifício Doente, portanto, é um problema que precisa ser combatido por todos os setores, especialmente a construção civil. A partir de boas práticas envolvendo todo o ecossistema, de investidores e incorporadoras até os profissionais responsáveis pelo acabamento das obras, é possível orientar e direcionar os projetos visando sempre o bem-estar dos seus ocupantes.
De forma resumida, trata-se de um conjunto de doenças causadas e/ou estimuladas pela poluição e contaminação do ar que circula internamente no prédio. Outras condições podem acentuar ainda mais o problema, como a acústica do espaço, luminosidade, circulação do ar e qualidade da água. Situações que juntas ou isoladas impactam na saúde das pessoas ao longo do tempo.
É um assunto tão sério que a Síndrome do Edifício Doente é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1982. Cinco anos antes, em 1977, 34 pessoas morreram e 182 no total sofreram com um surto epidêmico de pneumonia durante uma convenção da Legião Americana na Filadélfia (EUA). A propagação da bactéria Legionella pneumophila só foi possível pela falta de cuidado com o sistema de ar-condicionado do hotel que sediou o evento.
Hoje, um prédio é considerado ‘doente’ quando pelo menos 20% de seus ocupantes (sejam eles fixos ou ocasionais) apresentarem alguns dos sintomas relacionados. Entre eles estão:
Além disso, há duas categorias para os edifícios doentes: os temporários, isto é, que estão passando por construção ou reforma e, por isso, apresentam irregularidades provisórias; e os permanentes, que são obras com erros no projeto e/ou sem manutenção adequada.
Basicamente, há quatro fatores de risco que podem deixar um prédio doente para os usuários. Eles são decorrentes da ausência de governança na construção e manutenção de edifícios, seja por falta de limpeza em sistemas de ventilação ou por escolha de materiais de construção de origem duvidosa. Confira:
Há dois caminhos para evitar que seu prédio desenvolva a Síndrome do Edifício Doente – independentemente do fator de risco envolvido.
O primeiro deles remete à prevenção. Ou seja, adotar medidas que diminuem os riscos à saúde dos ocupantes. Hoje, o desenvolvimento socioambiental passa justamente pelo estímulo a regras e normas que promovam boas práticas em todo o setor de construção civil. Seja para fazer na planta ou reformar, há códigos de conduta que precisam ser seguidos por toda a cadeia para garantir mais conforto e qualidade de vida.
Já o segundo caminho passa pela manutenção adequada de todos os equipamentos e sistemas utilizados. Não adianta o projeto ser bem planejado e executado se depois não há um programa sazonal de checagem e consertos. É preciso acompanhar continuamente a saúde do edifício para garantir que ele tenha a máxima eficiência e, claro, grande saudabilidade.
Hoje, tanto o ambiente residencial quanto o comercial estão passando por uma reformulação. A ascensão do home office, das profissões cada vez mais digitais e da valorização do conforto e bem-estar está modificando a relação que temos com nosso lar e com o próprio ambiente de trabalho. Não basta mais ter um escritório equipado ou uma casa funcional. É preciso ir além e oferecer qualidade de vida.
Por isso, a Síndrome do Edifício Doente pode ser combatida com a adoção de certificados ambientais. A conquista destes selos garante o respeito às boas práticas na construção e reforma de edifícios – além de estimular o uso sustentável de materiais e recursos naturais.
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