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O seu prédio está preparado para as mudanças climáticas?

Publicado em 17 . 09 . 2024

Nos últimos anos, as mudanças climáticas têm se tornado uma preocupação crescente em todo o mundo. Tempestades mais intensas, enchentes frequentes, ondas de calor e outros fenômenos extremos já não são previsões tão distantes, mas realidades com as quais temos que lidar no dia a dia.

A geração de energia e calor por queima de combustíveis fósseis, a fabricação de produtos que usa essa forma de energia, o desmatamento florestal de cerca de 12 milhões de hectares anualmente, o uso de transporte que também utiliza queima de combustíveis fósseis, a produção de alimentos que desmata e polui com fertilizantes, o consumo de energia e o excesso de lixo produzido são algumas das causas para esses eventos que estamos acompanhando e vivenciando.

Segundo as Nações Unidas, desde 1980 cada década tem sido mais quente que a anterior, sendo a última (2011-2020) a mais quente já registrada. Isso fica ainda mais evidente para quem vive em centros urbanos. Por isso, surge uma questão crucial: o seu prédio está preparado para enfrentar temperaturas mais altas e tempestades mais severas?

 

O impacto das mudanças climáticas nas edificações

As mudanças climáticas podem afetar diretamente a durabilidade e a segurança das edificações. Prédios projetados em épocas em que os eventos climáticos extremos eram menos comuns podem não estar prontos para suportar essas novas condições. Entre os principais desafios enfrentados pelas construções urbanas, destacam-se:

  1. Enchentes e Inundações: Áreas urbanas com pouca permeabilidade estão cada vez mais suscetíveis a inundações. A falta de sistemas eficientes de drenagem em torno dos edifícios pode provocar danos aos alicerces e causar infiltrações graves, colocando em risco a integridade da estrutura.
  2. Ondas de Calor: Prédios que não foram projetados para lidar com altas temperaturas podem se tornar armadilhas de calor. Isso resulta em um desconforto térmico para os ocupantes, além de um aumento significativo no consumo de energia para climatização.
  3. Aumento do Nível do Mar: Para construções localizadas em áreas costeiras, a elevação do nível do mar é uma ameaça real. Prédios próximos à linha costeira podem sofrer com a erosão e a salinização, comprometendo as fundações.

 

Como avaliar se o seu prédio está preparado?

A constatação de que um edifício tem condições de enfrentar as mudanças climáticas passa por diversos aspectos. Para isso, é fundamental realizar inspeções periódicas, para, por exemplo, entender a eficiência do sistema de drenagem em torno do prédio, essencial para evitar alagamentos. Verifique se há canais adequados para escoar a água das chuvas, além de bombas e sistemas de contenção em caso de enchentes.

Se o prédio passar por reformas, o ideal é priorizar o uso de materiais que sejam resistentes a condições extremas e que possuam maior durabilidade. Telhados e janelas reforçadas, revestimentos impermeáveis e isolamento térmico são algumas das soluções para isso.

Além disso, reduzir o impacto de ondas de calor no interior do prédio é crucial para o bem-estar. Invista em soluções de eficiência energética, como vidros duplos, isolamentos térmicos nas paredes e tetos verdes, que ajudam a manter o conforto térmico e a reduzir o uso de ar-condicionado. 

 

Por onde começar a adaptar seu edifício para fenômenos extremos?

A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na adaptação de prédios para as mudanças climáticas. Soluções como telhados verdes, fachadas ventiladas, sistemas de captação e reaproveitamento de águas pluviais e sensores de monitoramento de condições climáticas são apenas alguns exemplos de inovações que podem tornar as edificações mais resilientes.

Além disso, arquitetos e engenheiros estão utilizando ferramentas avançadas de modelagem digital para prever o impacto das mudanças climáticas nas construções. Isso permite que novas edificações sejam projetadas já com medidas integradas, como sistemas de proteção contra enchentes e resistências maiores a ventos e variações térmicas.

Para uma edificação, estar preparada para as situações extremas não é mais uma opção, e sim uma necessidade. Para garantir que o seu prédio seja resiliente a essas transformações, é de suma importância adotar uma mentalidade proativa. Desde a realização de vistorias e reformas estruturais até a adoção de tecnologias verdes, cada passo dado hoje poderá garantir a segurança, o conforto e a sustentabilidade das edificações no futuro.

 

Como as certificações ambientais podem contribuir nesse processo?

Certificações ambientais desempenham um papel fundamental na preparação dos edifícios para enfrentar as mudanças climáticas. Um bom exemplo é o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que promove práticas de construção sustentáveis e incentiva o uso de tecnologias e materiais que aumentam a resiliência das edificações.

Essa certificação avalia diversos aspectos, como a eficiência energética, a gestão da água, a qualidade dos materiais e o impacto ambiental. Um prédio certificado conta com uma série de critérios que ajudam a criar estruturas mais resilientes para suportar eventos climáticos extremos, reduzindo o impacto de enchentes, calor intenso e ventos fortes.

Além disso, a manutenção dessa certificação exige monitoramento contínuo, garantindo que a construção continue a ser eficiente e segura ao longo do tempo, mesmo diante das crescentes mudanças ambientais.

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