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Parte 1/3 A evolução da construção sustentável – Principais referências.

Publicado em 09 . 02 . 2015

Por Siegbert Zanettini
SIEGBERT ZANETTINI - GBC - parte 1 - okvick
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A par de lembrar mais uma vez Leonardo da Vinci e Michelangelo por tudo que eles representam de pluralidade de convergência da ciência e da arte para o envolvimento holístico do conhecimento, que comentarei mais adiante, não é possível deixar de identificar as origens da visão sustentável conceito que aparentemente recente, teve na minha trajetória de meio século nas diversas abordagens e experiências em teoria e prática da arquitetura.
Nos últimos cem anos não poderia deixar de identificar alguns mestres arquitetos como os principais percussores desta etapa evolutiva presente.
Frank Lloyd Wright(1867-1959) há meu ver o maior e mais destacado arquiteto na abordagem orgânica da arquitetura do século XX, que o afasta de toda possibilidade de comparação com o estilo modernista. Ao se afastar das experiências européias modernistas de sua época, projeta em 1906 a Robie House, construída entre 1908 e 1910, em Chicago, uma das expressões máximas das “Prairie Houses”, é exemplo significativo da arquitetura orgânica.
Em 1935 projeta a “Fallingwater”, a Casa da Cascata construída entre 1936 e 1937 junto a uma cachoeira no Rio Beer Run, na Pensilvânia. Afirma assim em sua autobiografia: “Sabia bem que nunca uma casa deveria ser posta “em” uma colina ou “em” qualquer lugar. A casa devia ser “da” colina. Pertencer à ela”.

Robie House - Frank Lloyd Wright

Robie House – Frank Lloyd Wright

Casa da Cascata - Frank Lloyd Wright

Casa da Cascata – Frank Lloyd Wright

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entre 37 e 56 ergue o complexo com vários edifícios o “Taliesin West” laboratório e moradia de Wright e seus auxiliares.
Estes três exemplos, entre centenas de outros projetos, são obras primas de um arquiteto genial que há na primeira metade do século 20 defendia: “Um edifício deve dar a impressão de crescer sem esforço de seu lugar, ser projetado de modo a harmonizar com o ambiente, se a natureza se manifesta ali; caso contrario, procurem deixá-lo silencioso, essencial e orgânico na mesma medida, como se a Natureza fosse encontrada em circunstâncias favoráveis.”
Taliesin West - Frank Lloyd Wright

Taliesin West – Frank Lloyd Wright

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tempo inexorável que muda paisagens, coisas e objetos, que deteriora e envelhece, que altera comportamentos e que evolui, aprimora, acrescenta experiência e sabedoria, incentiva a inventar e criar novas formas, funções e estruturas. Uma arquitetura que incorpore esse tempo, que mostre as mutações de luz, cores e brilhos do amanhecer ao entardecer, ressalta os focos luminosos que transpõem aberturas, superfícies translúcidas e vitrais reproduzindo novos cenários.
Falar em arquitetura é falar também da luz. Com intensidade, amplitude e matizes moldam os espaços e valorizam formas. Mies Van der Rohe, um mestre da tipologia do aço, dizia: “A História da arquitetura é a luta pela luz, pela janela”. Le Corbusier, também defendeu “A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes sob a luz”.
Casa de vidro de Mies Van der Rohe

Casa de vidro de Mies Van der Rohe

Pavilhão Alemão – Expo Barcelona  Mies Van der Rohe

Pavilhão Alemão – Expo Barcelona
Mies Van der Rohe

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capela Notre-Dame-du-Haut  Le Corbusier

Capela Notre-Dame-du-Haut
Le Corbusier

Heidi Weber Museum Centro le Corbusier

Heidi Weber Museum Centro le Corbusier

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Experiências arquitetônicas no exterior que, a partir da obra do Centro Pompidou de
Paris, em 1977, dos arquitetos Richard Rogers e Renzo Piano, às quais se juntam as de Norman Foster, Santiago Calatrava, entre outros.
Centro Georges Pompidou Richard Rogers e Renzo Piano

Centro Georges Pompidou Richard Rogers e Renzo Piano

Torre Commerzbank - Norman Foster

Torre Commerzbank – Norman Foster

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ponte da Mulher – Buenos Aires Santiago Calatrava

Ponte da Mulher – Buenos Aires
Santiago Calatrava

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sustentabilidade hoje em muitos casos utilizada como “marketing”, não foi um conceito que surgiu nos últimos anos.  Vários arquitetos brasileiros do passado  adotavam com clareza conceitos bio-climáticos e eco-eficientes em seus projetos. Rino Levi, Lucio costa, Severiano Porto, Sérgio Bernardes, Affonso Eduardo Reidy,  Roberto Burle Marx, renomado internacionalmente ao exercer a profissão de arquiteto-paisagista.
Banco Sul-Americano do Brasil - Rinio Levi

Banco Sul-Americano do Brasil – Rinio Levi

Residência Robert Schuster - Severiano Porto

Residência Robert Schuster – Severiano Porto

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aterro do Flamengo - Affonso Eduardo Reidy e Roberto Burle Marx

Aterro do Flamengo – Affonso Eduardo Reidy e Roberto Burle Marx

 Edifícios Residenciais Parque Guinle - Lucio Costa

Edifícios Residenciais Parque Guinle – Lucio Costa

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No presente João Filgueiras Lima/Lelé 1932-2014, possuem exemplos notáveis de projetos com soluções inovadoras, tecnologias e “design” extremamente compatíveis com o meio ambiente, com a estrutura, com os materiais utilizados, com a durabilidade da obra, com o sistema construtivo e com o conforto do usuário.
Rede de Hospitais Sarah Kubitschek  Fortaleza - João Filgueiras Lima

Rede de Hospitais Sarah Kubitschek
Fortaleza – João Filgueiras Lima

Rede de Hospitais Sarah Kubitschek  Fortaleza - João Filgueiras Lima

Rede de Hospitais Sarah Kubitschek
Fortaleza – João Filgueiras Lima

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leia também a Parte 2/3 : “Experiências ecoeficientes e bioclimáticas de Zanettini” clicando aqui
 
Leia também a Parte 3/3 : “Perspectivas para o futuro” clicando aqui
 
 
 
 

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