De forma geral, o setor da construção civil impacta o meio ambiente tanto no consumo de recursos naturais e na modificação da paisagem como na geração de resíduos. Por essa razão, são diversas as vantagens dos prédios verdes, não só para a sustentabilidade, mas também para a sociedade.
Estudos acadêmicos estimam que a cadeia produtiva da construção civil seja responsável pelo consumo de cerca de 50% de todos os recursos naturais disponíveis, renováveis e não renováveis. No Brasil, os resíduos deste ramo são responsáveis por mais da metade do volume de resíduos sólidos gerados em meio urbano.
Para diminuir a criação de resíduos, assim como o consumo de recursos naturais, foram criadas estratégias para desenvolver o mercado da construção em direção à sustentabilidade. O GBC Brasil, por exemplo, tem suas atividades focadas no desenvolvimento e na promoção de diferentes sistemas de certificações ambientais, utilizando as forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de green buildings focadas no trinômio da sustentabilidade: ambiental, econômico e social.
Com o conhecimento e o direcionamento das certificações ambientais para embasar os projetos, as construções têm uma redução do consumo e dos custos de matérias-primas. Isso porque, dentre diversas estratégias, sugere um melhor aproveitamento dos recursos, prevenindo o desperdício e incentivando o reuso e utilização de materiais que se preocupem com a sustentabilidade desde sua extração até seu descarte.
As vantagens dos prédios verdes não se encerram por aí. Por terem regras bastante claras a serem seguidas, as obras também são mais ágeis, com o atendimento de todos os prazos e recursos, e há uma redução na produção de resíduos sólidos e seu descarte correto, não só na construção, mas ao longo de sua existência.
Há também a necessidade de reduzir os gastos energéticos com iluminação e climatização. Projetos apropriados permitem que os ambientes sejam mais agradáveis e atraentes, além de serem sustentáveis. Além disso, também se preocupam com a redução e facilidade da operação e manutenção do empreendimento considerando todo seu ciclo de vida.
E para quem ainda duvida do impacto econômico destes empreendimentos, o estudo HEALTHfx, feito por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, aponta que os prédios verdes geraram US$ 6 bilhões em benefícios combinados para a saúde e o clima ao longo de 16 anos.
Considerando aspectos econômicos, há estudos que mostram (como este da FGV) a valorização deste tipo de empreendimentos em comparação com empreendimentos padrão e taxas de vacância até 7% menores.
Atualmente existem diversas ferramentas para medir o desempenho ambiental de uma edificação. Dentre as principais estão o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), GBC Casa, GBC Condomínio, GBC Zero Energy, além do selo Procel PBE Edifica e do Selo Casa Azul da Caixa.
Caso a sua empresa tenha interesse em se engajar neste mercado, pode obter uma certificação ambiental para sua sede, apoiar a causa tornando-se Membro do GBC Brasil ou capacitar seus profissionais para criar e planejar edifícios com essas características.