Há muitos fatores que impactam a qualidade de vida de um indivíduo, como o relacionamento com outras pessoas, o tempo que tem para si e até mesmo os locais frequentados. Inclusive, por passar grande parte dos dias em ambientes construídos, é de extrema importância para o setor de construção civil se preocupar com o bem-estar dos ocupantes em suas edificações.
Em um momento de pandemia, onde a permanência em locais fechados como nossas casas é prolongada, os efeitos da saúde da construção são relevantes e causam impactos profundos.
Isso porque alguns pontos como fonte de luz, aquecimento ou resfriamento do local e mobiliário de um prédio podem contribuir para a saúde ou a falta dela daqueles que ali frequentam. Quer saber mais sobre o assunto? Confira a seguir.
Pontos de atenção para ter bem-estar nas edificações
A qualidade do ar, o conforto termoacústico e a iluminação são temas que podem nortear a discussão quando o assunto é bem-estar nas edificações. Afinal, eles têm impacto direto na saúde das pessoas.
Segundo o estudo “On the history of indoor air quality and health”, mais da metade do ar que os indivíduos respiram em toda a vida será inalado em sua casa. No entanto, a poluição do ar externo também pode afetar o ambiente interno, deixando as pessoas expostas aos efeitos que podem ser graves, como doenças pulmonares, infecções respiratórias, doenças cardíacas e AVCs, chegando ao óbito em alguns casos.
A poluição do ar também pode ocorrer de dentro para fora e de formas que nem se imagina, como cozinhar (do aquecimento por fornos a carvão) ou até mesmo com químicos tóxicos, como os Compostos Orgânicos Voláteis, emitidos por produtos de limpeza, mobiliário e tintas presentes nas casas.
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Conforme o estudo “Cardiovascular effects of environmental noise exposure”, realizado na Europa, 65% dos cidadãos que vivem em áreas urbanas são expostos a níveis elevados de poluição sonora, o que contribui para problemas de saúde como stress, hipertensão e acidentes vasculares cerebrais, além de poder afetar o desenvolvimento cognitivo das crianças.
Já as moradias úmidas e frias, terrenos férteis para o mofo, podem causar doenças respiratórias, asma e problemas de saúde mental. Estas são questões recorrentes no Canadá, em que até um terço dos edifícios mostram sinais de umidade ou mofo e na Europa, onde hoje há 2,2 milhões de asmáticos, em parte devido às suas condições de vida. A entrada da luz do sol ajuda a controlar a umidade e o crescimento de mofo e bactérias nas casas.
A iluminação também é um fator que contribui para o bem-estar nas edificações. Segundo o “Healthy Homes Barometer”, viver em um lar escuro piora as condições de saúde em 50%, levando a dores de cabeça, insônia, depressão, Transtorno afetivo sazonal (SAD) e até câncer de mama e suicídio.
A luz natural também regula os ritmos circadianos do corpo humano, muitas vezes interrompidos pela tecnologia e poluição luminosa, melhorando a qualidade do sono e, portanto, a saúde em geral. A exposição à luz natural durante o dia de trabalho leva a 46 minutos a mais de sono a cada noite.
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