Você já se perguntou quanto tempo passa trabalhando em um prédio? Segundo o Instituto Ipsos, em pesquisa encomendada pela Nubank, dedicamos 23% de nossa vida a isso. Ou seja, praticamente um quarto da nossa existência é dentro de edifícios que nem sempre são idealizados para promover o nosso bem-estar. Este dado apenas reforça a importância cada vez maior de incorporar a biofilia em prédios corporativos para reduzir esse impacto e promover maior qualidade de vida a seus ocupantes.
Antes, o local de trabalho era projetado apenas pelo aspecto funcional. Isto é, a necessidade de garantir as condições necessárias para a pessoa ir lá, realizar suas tarefas profissionais e voltar no dia seguinte para fazer a mesma coisa. Não havia preocupação com o conforto dos colaboradores, uma vez que o ambiente deveria facilitar a produtividade da empresa – todo o resto era visto mais como despesa do que investimento. A única preocupação era evitar a Síndrome do Edifício Doente e o afastamento médico dos profissionais.
Felizmente o mundo mudou bastante nos últimos anos. Hoje, sabe-se que o bem-estar das pessoas no ambiente de trabalho é um fator preponderante para o aumento da produtividade e, consequentemente, para o sucesso do negócio. Não à toa, é um pilar essencial de políticas de sustentabilidade que guiam novos parâmetros de governança e gestão. Em suma: garantir a qualidade de vida dos colaboradores traz benefícios a todos, inclusive com ótimos retornos financeiros.
Porém, qual a melhor forma de garantir esse ambiente mais acolhedor?
Projetos imobiliários apostam no conceito de biofilia em prédios corporativos. A ideia é simples: promover uma conexão do ambiente de trabalho com a natureza, oferecendo áreas verdes e utilizando recursos naturais de forma inteligente. Dessa forma, é possível criar locais de ‘refúgio’ para os momentos de maior pressão de entregas e prazos, permitindo que os colaboradores possam relaxar antes ou depois de situações de estresse.
Ao oferecer um espaço mais harmonioso, com melhor qualidade do ar, uso adequado de água e energia e conforto termoacústico, as tarefas são encaradas com maior leveza por todos, melhorando o clima organizacional e as próprias relações de trabalho. Afinal, se as empresas são feitas de pessoas, nada melhor do que um ambiente mais natural para garantir mais cuidado e carinho a elas.
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Sabe aquela sensação agradável que sentimos ao entrar em contato com a natureza durante uma viagem em família? Uma simples caminhada entre áreas verdes em um parque já parece ser revigorante para nosso ânimo, recarregando nossa bateria social e emocional. Pois bem, essa é a mesma sensação que a biofilia em prédios corporativos pretende incorporar no ambiente de trabalho.
De forma bem resumida, a biofilia pode ser entendida como a necessidade humana de estar em contato com tudo o que deixa a gente vivo. Ou seja, com árvores, rios, fauna, flora e vários recursos naturais. É um tema que se popularizou a partir do trabalho do biólogo Edward Wilson nos anos 1980 e que ganhou espaço na arquitetura com o surgimento de projetos alinhados a essa conexão com a natureza.
A questão é que a maioria deles diz respeito a imóveis residenciais – logo, com mais liberdade para utilização inteligente dos recursos naturais e de áreas verdes. Havia uma espécie de receio de como incorporar estes elementos nos imóveis corporativos para desenhar um ambiente mais acolhedor durante o horário de trabalho.
Até que veio a pandemia de Covid-19 e o debate em torno da qualidade de vida ganhou espaço nas relações de trabalho. Voltar ao presencial após meses de home office (com todo o conforto que só a nossa casa pode oferecer) foi um desafio que exigiu um redesenho de todo o ambiente corporativo. A resposta foi justamente a incorporação da biofilia em prédios corporativos, garantindo uma maior sinergia e equilíbrio entre cidade e natureza.
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A palavra de ordem destes novos projetos é equilíbrio. O ambiente de trabalho precisa promover harmonia entre as pessoas, a empresa, a cidade e a natureza. O objetivo é colocar os colaboradores em contato com espaços de ‘refúgio’ durante o expediente, promovendo maior relaxamento e, ao mesmo tempo, aproximação com o próprio local.
Isso exige uma nova forma de pensar e projetar o ambiente de trabalho, uma vez que criará diferentes interações com a cidade e a natureza como um todo. Daí reside a importância da biofilia em prédios corporativos: fugir do lugar-comum e colocar o bem-estar dos ocupantes à frente dos próprios afazeres profissionais.
Os resultados são surpreendentes. Pesquisa da Green Plants for Green Buildings indica que este conceito melhora a produtividade em 6%, a criatividade dos profissionais em 15% e a sensação de bem-estar também em 15%. Em suma: espaços de trabalho em conexão com a natureza deixam os colaboradores mais relaxados e prontos para se concentrarem em suas tarefas. Outros benefícios incluem:
Em pleno coração financeiro de São Paulo, um espaço já desponta como um dos principais exemplos de biofilia em prédios corporativos no país. O Salma Tower surpreende até mesmo quem não frequenta ou trabalha em seus andares. Isso porque mesmo de longe é possível ver uma verdadeira floresta sair de seus terraços, criando uma surpreendente área verde vertical na Avenida Faria Lima.
O projeto, assinado pelo escritório Aflalo/Gasperini Arquitetos, começou em 2019 e foi finalizado em 2024. Possui uma área de 3.379 m² e um área construída de 32.616 m². O grande diferencial é justamente a utilização de terraços nos andares que servem de casa para bosques verticais. O intuito? Garantir que o ambiente corporativo tenha esse maior contato com a natureza. O design diferenciado parte desta sinergia e equilíbrio entre o espaço, a cidade e as pessoas.
No total, são 1.760 m² dedicados às florestas verticais – com árvores frutíferas para atrair fauna e 100% com espécies nativas da Mata Atlântica. Para manter esse organismo vivo, foi criada uma estrutura capaz de garantir todos os recursos naturais necessários.
Há dois sistemas de irrigação – um no piso e outro no alto para simular uma chuva – que utilizam água de reuso do prédio. A iluminação é especial para garantir a fotossíntese das plantas (e que se desliga à noite). O prédio possui vidro insulado e torres de resfriamento para garantir maior conforto térmico. Tudo para que os colaboradores possam andar a pé entre as árvores e estabelecer essa conexão com a natureza sem sair do prédio, garantindo o necessário momento de reequilíbrio.
O Salma Tower é um exemplo de sucesso na incorporação da biofilia em prédios corporativos, mas ele não precisa ser o único. Projetos assim precisam seguir à risca a legislação vigente e as boas práticas ambientais e de governança. Não basta só ter boa vontade, é preciso planejar bem todos os elementos que serão utilizados na construção ou reforma.
Por conta disso, buscar uma certificação ambiental é o mais recomendado para garantir o sucesso da empreitada. Isso porque oferecem os meios necessários para avaliação de todos os processos, garantindo que tudo esteja dentro do esperado e, claro, atestando a veracidade das informações sobre as práticas ambientais utilizadas.
O GBC Brasil se destaca por possuir algumas das principais certificações oferecidas no Brasil, incluindo o LEED e o GBC Biodiversidade. Quer saber mais? Acesse nossa página especial!