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Como gerar sua própria energia pode ser altamente lucrativo

Publicado em 18 . 07 . 2017

Especialista detalha tudo o que você precisa saber sobre o investimento e o retorno financeiro.
 
Por José Renato Colaferro, Diretor de Operações da Blue Sol Energia Solar.
 
Você, que consome energia elétrica todos os dias, sabe como estão cada vez mais caras as contas de luz que chegam todos os meses em nossas residências ou empresas, certo?
Essa é uma das razões que estão levando um número crescente de consumidores a apostarem em sistemas solares fotovoltaicos e, assim, ficarem livres dessas pesadas cobranças mensais.
Porém, para a maioria desses consumidores interessados na energia solar fotovoltaica, a primeira pergunta que vem à mente na hora de adquirir um sistema é: mas esse investimento é financeiramente viável?
De uma forma direta, podemos dizer que sim, gerar a sua própria energia pode ser altamente lucrativo.
O Diretor de Operações da Blue Sol Energia Solar, José Renato Colaferro, Porém, muitos fatores entram em jogo na hora de calcular esse retorno do investimento, alguns dos quais iremos abordar nesse artigo.
A tarifa de energia seria a primeira variante que devemos levar em conta para esse cálculo. Podemos fazer a analogia com uma balança, pois ela é inversamente proporcional ao Payback (como também é chamado o tempo total de retorno, ou amortização, do investimento).

As tarifas são cobradas por quilowatt-hora e variam conforme a distribuidora, tipo de cliente e bandeira tarifária vigente.
Você pode saber em qual grupo de consumo está encaixado, e a tarifa de energia aplicada, bastando olhar a sua conta de luz.
Porém, se você é um consumidor residencial e/ou comercial de pequeno e médio porte, certamente você se enquadra no grupo B, que são os consumidores de baixa tensão, e os que apresentam maior retorno financeiro na energia solar, por possuírem as maiores tarifas.
Exemplificando essa afirmação, em uma simulação do Payback para a instalação de sistemas fotovoltaicos residenciais, levando-se em consideração, para os três casos, um custo de R$40 mil em um sistema de 5,3 kWp, com 1.600 Horas de Sol Pico no Ano (já retiradas as perdas), vida útil dos Painéis de 25 anos (podendo ser maior) e Inflação Energética de 8% ao ano, teríamos:
Tarifa     /   Payback
R$ 0,35/kWh = 13 anos
R$ 0,63/kWh = 6 anos
R$ 0,85/kWh = 4 anos
Como mencionado, podemos ver o efeito balanço do valor da tarifa no retorno do investimento fotovoltaico.
Ainda, levando em conta a vida útil mínima de um painel solar (25 anos), podemos concluir que o consumidor com o maior Payback terá, no mínimo, 12 anos de energia grátis gerada pelo seu sistema.
A inflação energética é outra variante importante no cálculo do retorno do investimento, pois representa o quanto a tarifa de energia aumenta durante os meses.
Em razão da dívida do governo para com as distribuidoras de energia, a ser paga por nós consumidores (após a decisão da ANEEL), a inflação energética em 2017 será, em média, de 7,17%.
Além disso, com o baixo volume de chuvas nas regiões dos reservatórios, este ano podemos esperar por mais seis meses de bandeira vermelha, de acordo com o ex-diretor da ANEEL, Edvaldo Santana.
Uma simulação que leve e conta os mesmos valores de sistema e dados de geração da anterior, apresentando dois casos de Payback, um em um cenário sem inflação energética, e outro com uma inflação de 8% ao ano, apresenta o resultado:
Caso   /   Payback
Sem inflação = 5 anos
Com inflação = 4 anos
Além da diferença de um ano no Payback, a taxa interna de retorno no caso sem inflação foi de 21,3% ao ano, quase 10% menor do que no caso com inflação, que foi de 31% ao ano.
Além dessas duas variantes iniciais, quando falamos do investimento em um sistema fotovoltaico, que demanda uma aplicação inicial de dinheiro com retorno ao longo dos anos, podemos claramente compará-lo ao investimento em outro ativo do mercado financeiro de mesmo risco.
Isso é uma regra simples de investimento, comparar os investimentos e escolher aquele com menor risco e que dará maior retorno financeiro.
Como prova da maior viabilidade do investimento fotovoltaico em comparação a outros, em uma simulação entre:

  • Tesouro Direto Prefixado 2020 LTN (Letra do Tesouro Nacional) = Taxa 9,62% ao ano
  • Sistema Solar FV – Tarifa de R$ 0,80 em região com 1.600 kWh/kWp de geração, já descontadas as perdas com Inflação Energética de 8% ao ano nos primeiros 4 anos e 4% ao ano nos outros 21 anos

O resultado mostra que o investimento em energia solar é superior àquele em LTN em todos os valores anuais, assim como no total, sendo R$ 458 mil para a solar, Versus R$ 336 mil para LTN, no final dos 25 anos.
Ainda é válido lembrar que, com a baixa da taxa SELIC pelo Banco Central, espera-se uma queda na taxa de Juros.
Existem também as variantes técnicas que impactam o retorno do investimento fotovoltaico, como o tamanho do sistema, o qual também influência de forma inversamente proporcional o Payback; quanto maior um sistema, menor o seu custo por Watt.
O nível de radiação solar no local onde será instalado o sistema é outra, pois interfere na quantidade de energia que será gerada pelo sistema e, consequentemente, na economia e retorno que o cliente irá obter com o mesmo.
A área disponível para a instalação dos módulos e a orientação gráfica dos mesmos também são as demais variantes que influenciam o desempenho do sistema e seu Payback.
Por fim, o ganho patrimonial que os sistemas trazem aos imóveis onde são instalados também deve ser considerado no cálculo do retorno do investimento.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Lawrence Berkeley Lab e divulgada no jornal New York Times, os consumidores americanos estão dispostos a pagar U$15 mil a mais por uma casa que já tenha um sistema próprio instalado.
E aí, resta alguma dúvida de que o investimento em energia solar é financeiramente viável?
 
Fonte: CicloVivo

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