Nesta semana tivemos a oportunidade de conversar com o Presidente para a América Latina da Dow, Fabian Gil. Veja como foi:
– De que forma você avalia a produtividade na construção civil hoje?
Fabian Gil: Pesquisas periódicas de entidades muito respeitadas sempre nos mostram que o Brasil tem muito para evoluir no que tange à produtividade. Dados recentes da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) revelam que o índice de produtividade da construção civil nacional ficou estagnado entre 2000 e 2013, fazendo com que o país figure na última colocação em um ranking que analisou a produtividade em 29 nações. Esse é um dado negativo, porém, nos oferece uma grande oportunidade. Há muito espaço para mudanças de comportamento, pensamento e atitude. Podemos sugerir novas formas de se fazer o mesmo, mas com sistemas, produtos e tecnologias mais eficientes e de alta performance, que atendam às necessidades dos consumidores por moradias mais eficientes, confortáveis e duráveis.
– De que fatores dependem seu avanço?
F.G: Essa é uma questão cultural. Precisamos mudar a mentalidade dos fornecedores e dos profissionais e apresentar as soluções, tecnologias, produtos e sistemas construtivos existentes e o quanto eles podem contribuir a favor do setor e dos clientes finais. Nossa função, assim como de outros players dessa cadeia, é disseminar essas possibilidades, ressaltando seus benefícios para atender aos padrões cada vez mais exigentes.
– Qual a importância de fóruns como, o Construindo Melhor, para mudar esse cenário?
F.G: O Construindo Melhor foi criado justamente para acelerar a inovação na indústria da construção. Temos certeza de que a troca de conhecimento e informação com instituições e profissionais renomados é, sem dúvida, a principal forma de disseminar as tendências, sistemas para métodos construtivos e apresentar novas tecnologias disponíveis no mercado. Hoje em dia, há muitas soluções economicamente viáveis capazes de gerar resultados superiores aos diversos tipos e portes de obras, aumentando a produtividade no dia a dia e levando a construção civil nacional aos padrões cada vez mais exigentes da indústria. Esperamos que este esforço colaborativo seja um gerador de oportunidade e soluções para o mercado da construção civil.
Nossa iniciativa soma-se a outras tão importantes quanto, como por exemplo, a Conferência Internacional GBC Brasil, que também reúne os líderes das companhias que estão buscando melhorar o desempenho e a qualidade das construções brasileiras. Informação e conhecimento nunca são demais.
– Como a Dow vem trabalhando para modificar esse cenário?
F.G: Seguindo as diretrizes da companhia, acreditamos que existe imenso valor a ser criado pela integração de múltiplos grupos de interesse, empresas líderes dos mais diversos elos da cadeia de valor, com mentes, áreas de expertise, criatividade e recursos complementares, de forma a termos uma voz coerente, influente e abrangente o suficiente para atrair os recursos e impulsionar a inovação e a produtividade da construção civil na região.
Esta estratégia está alinhada também às Metas de Sustentabilidade da Dow para os próximos dez anos, que busca estabelecer colaborações inovadoras para promover a transição para um planeta e sociedade mais sustentáveis. Os desafios relacionados à moradia buscam endereçar também a questão da falta de moradia adequada, que, segundo dados da ONU, atingirá 40% da população mundial até 2030 em função das crescentes taxas de urbanização.
Assim, aumentar a produtividade do setor e fornecer moradia adequada e acessível são prioridades fundamentais e oportunidades de negócio para a empresa, que busca prover alternativas para as etapas mais críticas do setor, unindo nossa expertise técnica com a ciência de materiais e a química. Somos uma empresa focada em inovação e, por isso, temos um portfólio amplo de soluções que trazem ganhos de produtividade e performance.