A US Green Building Council (USGBC), organização internacional sem fins lucrativos responsável pela certificação de empreendimentos sustentáveis ao redor do mundo, elegeu um edifício brasileiro como o Projeto do Ano no prêmio LEED Homes Awards: o LLum Batel, em Curitiba, capital do Paraná.
Dentro do contexto da sustentabilidade, o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um dos certificados mais importantes para edifícios. Todos os anos, novos projetos são selecionados para a premiação por um júri técnico e o favorito é eleito através de uma votação aberta ao público, seguindo os critérios de impacto, design, sustentabilidade e saúde, e bem-estar.
Entregue em 2019, o LLum Batel foi o primeiro residencial com certificado LEED Gold no Brasil. Os ambientes contam com um sistema de iluminação eficiente, capazes de reduzir os impactos ambientais e econômicos associados ao consumo excessivo de energia. Por meio de luminárias tipo LED, sensores de presença, luz natural abundante vinda da fachada de vidro e sistema de ar-condicionado, o edifício teve mais de 15% de redução de consumo de energia em relação ao padrão de referência.
O LLum também possui metais e louças eficientes, com baixa vazão, sem comprometer o conforto do usuário. Com isso, a redução no consumo de água chega a mais de 20%. Além disso, mais de 50% da madeira usada na obra é certificada e os materiais reciclados tiveram prioridade.
Eleito o Projeto do Ano na edição anterior, o Park Mozaik a Block encontra-se em Ancara, na Turquia. O edifício também possui um baixo consumo de energia e uma economia de água em mais de 40%. O design centrado no ser humano prioriza a saúde por meio de ventilação aprimorada, filtragem, separação da fonte e materiais não-emissores. Também oferece iluminação natural, maior conforto térmico e acústico. Durante a construção, o projeto atingiu uma taxa de reciclagem de resíduos de mais de 96% e o dinheiro ganho com a venda de resíduos recicláveis foi distribuído aos trabalhadores.
Já o destaque de 2018 não foi um edifício, mas uma casa em Arkansas, nos Estados Unidos, projetada pelo casal Ann e Rick Owen. Nela há 42 painéis fotovoltaicos que produzem energia suficiente para abastecer a residência. A irrigação do jardim é feita com água da chuva. Além disso, materiais foram reaproveitados da antiga casa e o imóvel conta com eletrodomésticos e iluminação verdes. Quando concluída, os moradores abriram a casa para quem estivesse interessado em conhecer mais sobre a sustentabilidade residencial.
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Por Aline Melo, via Casa e Jardim
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