Com 44 mil metros quadrados, iluminação natural e plantas da Mata Atlântica, prédio busca aproximar pesquisadores e estudantes.
Com oito pavimentos, essa nova construção custou R$ 700 milhões – captados por meio de doações.
A leste ficam as salas de aula. A oeste, laboratórios de pesquisa. As fronteiras entre as duas áreas, porém, são tênues e tudo leva a um espaço de convivência central, com plantas nativas da Mata Atlântica, que busca aproximar estudantes e pesquisadores. O novo Centro de Ensino e Pesquisa (CEP) Albert Einstein, Câmpus Cecília e Abram Szajman, no Morumbi, tem inauguração prevista para junho, mas já é ocupado por acadêmicos desde março. O edifício tem 44 mil metros quadrados, oito pavimentos e custou R$ 700 milhões – captados por meio de doações.
A leste ficam as salas de aula. A oeste, laboratórios de pesquisa. As fronteiras entre as duas áreas, porém, são tênues e tudo leva a um espaço de convivência central, com plantas nativas da Mata Atlântica, que busca aproximar estudantes e pesquisadores. O novo Centro de Ensino e Pesquisa (CEP) Albert Einstein, Câmpus Cecília e Abram Szajman, no Morumbi, tem inauguração prevista para junho, mas já é ocupado por acadêmicos desde março. O edifício tem 44 mil metros quadrados, oito pavimentos e custou R$ 700 milhões – captados por meio de doações.
“O ensino já começou. A pesquisa deverá fazer a mudança de alguns laboratórios, e o preenchimento dos laboratórios, durante o mês de maio, para poder inaugurar em junho”, adianta o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, ao Estadão. Conforme Klajner, a construção do prédio “coroa” a trajetória do ensino e da pesquisa do Instituto Israelita Albert Einstein (IIEP), que completam 24 anos em 2022. No entanto, fazem parte do planejamento do Einstein desde a fundação, em 1955.
O novo centro fica ao lado do Pavilhão Vicky e Joseph Safra, do Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi. A ligação entre o bloco de medicina ambulatorial e o novo prédio se dá por uma passarela de vidro – que alguns chamam de “Portal do Conhecimento”. Após atravessar a passarela e pegar o elevador, a sensação é de estar em um ecossistema completamente diferente do entorno. Por mais que seja possível ver, pelas janelas, o trânsito da Avenida Lebret, o silêncio reina. Para permitir a entrada de iluminação natural, o teto é de vidro. A entrada da quantidade de luz ideal para conforto ocular e sobrevivência das plantas é proporcionada
O novo centro fica ao lado do Pavilhão Vicky e Joseph Safra, do Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi. A ligação entre o bloco de medicina ambulatorial e o novo prédio se dá por uma passarela de vidro – que alguns chamam de “Portal do Conhecimento”. Após atravessar a passarela e pegar o elevador, a sensação é de estar em um ecossistema completamente diferente do entorno. Por mais que seja possível ver, pelas janelas, o trânsito da Avenida Lebret, o silêncio reina. Para permitir a entrada de iluminação natural, o teto é de vidro. A entrada da quantidade de luz ideal para conforto ocular e sobrevivência das plantas é proporcionada
Por uma técnica de serigrafia, que parece criar uma estampa poá nas peças de vidro. A ideia da construção é simbolizar um “oásis do conhecimento”. “Ele acaba se manifestando como se fosse o ato de ler um livro ou estudar embaixo de uma árvore”, conta Klajner.
Ao mesmo tempo, o prédio é amplamente automatizado e possui tecnologias que visam à Eficiência energética. A construção tem Certificação Leed Gold, cedida a prédios sustentáveis. Do ponto de vista estrutural, o centro foi desenhado para ser versátil e responder rapidamente a mudanças quando necessário. Para se ter uma ideia, são 21 salas de aula para atender estudantes de Medicina, de Enfermagem, da escola técnica e de pós-graduação. Porém, esse número pode passar para mais de 40, com a ativação de um trilho que separa o espaço em dois.
A vegetação no vão central reúne diferentes espécies nativas da Mata Atlântica. A vegetação, conforme Klajner, precisou ficar quase dois anos em estufa para se acomodar a viver em um ambiente fechado e climatizado. O projeto arquitetônico é assinado pelo israelense Moshe Safdie, responsável pelo Crystal Bridges Museum of American Art, nos Estados Unidos, e pela National Gallery of Canada, na capital canadense, Ottawa. Com a ampliação do leque de laboratórios, o centro também concretiza um passo na direção da meta de tornar o Einstein um dos dez melhores lugares do mundo para se pesquisar. Atualmente, há cerca de 700 projetos de pesquisa em andamento. Com o novo prédio, o objetivo é aumentar a complexidade e o número das iniciativas.
PROJETO. O projeto do prédio foi concebido em 2016, ano de início da graduação de Medicina do Instituto. Segundo Klajner, as construções começaram ainda no fim de 2018 e levaram quase três anos para serem concluídas. As atividades de ensino nas salas de aula do prédio começaram no dia 7 de março. E ele conta que o primeiro dia de frequência foi de grande euforia entre os estudantes. “Eles aguardaram pelo prédio durante todo o tempo da construção”, explica. Vídeos de alunos mostrando a estrutura viralizam na plataforma de entretenimento TikTok – alguns acumulam mais de 1 milhão de visualizações.
O vídeo no qual a estudante de Medicina, Marianna Cury, de 21 anos, mostra seu primeiro dia no prédio já tem quase 80 mil visualizações. “(Apareceu) muita gente querendo saber o que era, se era uma faculdade”, conta. “É surreal, muito diferente de qualquer outra faculdade. Dá uma vontade de estar aqui mesmo. Dá uma sensação de bem-estar”, fala, ao citar a quantidade de áreas verdes e a iluminação natural.
A também estudante de Medicina, Mariana Netto Otsuka tem cerca de 1,3 milhão de visualizações em um vídeo em que elenca curiosidades sobre o prédio. Ela define o espaço como futurístico. “É muito tecnológico. Tudo faz sentido e foi muito bem pensado. A própria sala de aula é controlada por tecnologia. Tem um tablet que controla projetor, o arcondicionado, a persiana.”
Sustentabilidade A entrada da quantidade de luz ideal para conforto ocular e sobrevivência das plantas é por serigrafia
Medicamentos Centro ainda abrigará as cinco principais linhas de pesquisa, com destaque para AVC e diabete
PESQUISA. A outra ala ainda se prepara para receber o corpo de pesquisa do Einstein. Alguns equipamentos estão envoltos por papel-bolha e a movimentação é composta por construtores que fazem os ajustes finais, e pesquisadores que se inteiram do espaço que vão utilizar.
O centro vai abrigar as cinco principais linhas de pesquisa do Einstein. Entre elas, estudos que testam medicamentos para frear um segundo acidente vascular cerebral (AVC), combater tumores e conter avanço de diabete em pacientes adultos. “Nós temos a intenção de estarmos entre os melhores do mundo (em pesquisa), até para intercâmbio de projetos e de pesquisadores”, fala o presidente. “Ter esse centro de pesquisa é um tremendo atrativo para isso.”
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por O Estado de S. Paulo