Acompanhar os diferenciais de um sistema de iluminação em um empreendimento inteligente é uma tarefa muito esclarecedora. Sem trocadilhos, fica fácil entender a razão pela qual cada vez mais empresas optam por soluções que otimizam o aparato luminotécnico nas edificações.
O alicerce tecnológico que acompanha os edifícios sustentáveis tem o intuito de fazer o melhor uso de recursos. Em referência à energia elétrica, desponta o conceito de eficiência energética, que é um objetivo final deste tipo de construção.
As vantagens são evidentes. Verificar a variação da luminosidade de uma sala nos diferentes momentos do dia em função da claridade externa é algo bastante inspirador. Prover a esse espaço o conforto ambiental ideal pelo período em que é utilizado certamente aumenta a produtividade da equipe. São métricas até complexas de se avaliar.
No que concerne a economia financeira, já foram apuradas no Centro Corporativo Portinari, LEED Platinum, 36% a menos nas contas de luz se compararmos à ASHRAE 90.1, que “já é um padrão alto de comparação, uma vez que nem todos os empreendimentos alcançam os patamares definidos por essa norma americana”, ressalta Felipe Faria, CEO do Green Building Council Brasil, em seu discurso no evento que marcou a premiação do empreendimento na cidade de Brasília. Ou seja, pela média brasileira, um prédio inteligente pode chegar facilmente a 50% de economia em energia elétrica.
No entanto, é necessário que se ressalte que esses números animadores são atingidos também, e necessariamente, com o conhecimento integral para a melhor utilização de todo o aparato tecnológico disponível em empreendimentos com este tipo de recurso. Gerenciar um sistema dessa natureza requer um entendimento minucioso das ferramentas de que dispõe. Não se limita somente ao controle do acendimento ou desligamento da iluminação em ambientes que estejam ocupados ou não. Tampouco somente verifica a variação dos níveis de luz, mas também produz uma análise comparativa para verificar o impacto sobre o uso de energia para a climatização. Ou seja, o monitoramento determina o melhor uso do sistema como um todo e, especificamente, também a luminosidade perfeita para um determinado espaço em cada momento do dia.
Soluções como biometria e acendedor automático de lâmpadas, quando integradas chegam a economizar em torno de 22% da energia usada no local.
Franco Morais, gerente de Facilities da Iris Imóveis Corporativos, atua no Centro Empresarial CNC (LEED Gold) em Brasília e apura mês a mês os benefícios desse gerenciamento no empreendimento em que atua. A economia anual é realmente significativa. “Somente no ano de 2018, nosso Centro Empresarial CNC, um complexo com 155.000 m², deixou de gastar 1.025.000 kWh, o equivalente a uma economia mensal de energia em 6.500 casas (considerando o consumo médio de 150kWh por casa)”, diz Franco, que ainda observa: “Oitocentos e vinte mil reais deixaram de ser gastos na conta de luz no último ano”. Indiscutivelmente, números impactantes.
Edifícios sustentáveis contam com algumas soluções de iluminação mais usadas:
Em referências pesquisadas, os dados sobre a economia de energia são bastante variáveis e dependem do perfil de ocupação do prédio, assim como sistema implementado e outros diversos fatores indiretos, tais como ar condicionado, fachada, tipo de ocupação, e muitos outros. No entanto, sem sombra de dúvida, a operação adequada, o melhor gerenciamento do sistema instalado responde por uma parcela essencial na melhor definição de economia e conforto para os usuários de um empreendimento inteligente.
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