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Greenbuilding Brasil traz palestra sobre a influência das cores no ambiente

Publicado em 26 . 11 . 2020

Desde muito cedo as pessoas são rodeadas por inúmeras cores, sejam elas naturais (vindas do céu, dos animais, das flores e etc) ou artificiais, onde são usados pigmentos para trabalhar e tratar os ambientes. Elas influenciam, na maioria das vezes, sem que ninguém perceba.

A Sessão Educacional realizada durante a Greenbuilding Brasil 2020 Conferência Internacional, pela Andrea Reis, arquiteta e urbanista, explica que para estudá-las, é importante destacar três aspectos: o físico, o fisiológico e o cultural. O físico trata da cor de forma conceitual, como uma onda eletromagnética em que os seres humanos veem uma pequena parte, lhe dando a sensação de cor e que pode variar de violeta a vermelho.

Já o fisiológico refere-se às sensações que os indivíduos têm ao entrar em contato com aquele tom, que emoções e sentimentos causam, como frio, calor, alegria, tristeza, entre outros. O cultural está mais ligado a criação, sociedade, etnia, gênero, etc, e faz parte da vida sem que se perceba. Com tudo isso em mente, fica claro que algo simples como um pigmento pode influenciar diretamente em tudo que o rodeia.

 

Como as cores no ambiente podem influenciar as pessoas?

 

Os tons podem impactar no psicológico daqueles que frequentam um determinado local e isso pode ser realizado de forma consciente por quem o planejou. Com esta estratégia, emoções, sensações, ações, experiências, humor e energias podem ter um melhor direcionamento. É importante lembrar, no entanto, que isso é muito individual e não tem o mesmo efeito em todos.

Para trabalhar as cores no ambiente, o ideal é usar o sistema RBY que se refere às cores primárias Red (vermelho), Blue (azul) e Yellow (amarelo). A partir da mistura delas surgem as secundárias (laranja, verde e roxo) e as terciárias, ampliando a gama. Além disso, também é importante utilizar suas propriedades como matiz, saturação e brilho para obter o efeito desejado.

Para ser assertivo nisso, é preciso primeiramente ter uma observação do contexto do local: a função daquele espaço (dormir, comer, confraternizar, trabalhar), onde se localiza (externo, interno, intermediário), quantas pessoas o utilizam (individual, equipe, um casal, uma criança). Depois, o ponto de atenção deve ser a atmosfera pretendida: o que se espera do local (promova a comunicação ou a concentração, estimulante ou calmante). 

Além disso, o ambiente também deve imprimir a identidade de quem o utiliza e deve ser considerada a experiência daquele usuário com as cores no ambiente. Por fim, a herança cultural que pode trazer referências da infância, de um passado mais recente ou até mesmo da sociedade com que se identifica. 

Isoladamente, pode-se considerar que o azul representa a tranquilidade, o amarelo, a luz, o vermelho, a energia, o branco, a pureza, o laranja, a alegria, o roxo, a nobreza, o verde, o bem-estar e o preto, o luto. Além disso, os tons de amarelo, laranja e vermelho são considerados quentes, enquanto os de verde, azul e roxo são frios.

 

Quais efeitos é possível conseguir com pigmentos?

 

Em locais fechados, com o contraste de cores claras e escuras, dá para ampliar, alongar ou estreitar um ambiente. Além disso, é possível dar a impressão de compactar, reduzir o pé direito e até encurtar o ambiente. Isso porque o tom claro parece que o objeto se afasta do observador enquanto o escuro o aproxima.

Além disso, essas técnicas podem ser utilizadas para potencializar ou diminuir a luminosidade de um lugar, favorecendo a economia de energia. As cores claras permitem que a luz reflita, fazendo com que o ambiente pareça mais iluminado. E, com as combinações certas e cientes dos tons quentes e frios, é possível planejar a sensação de aquecimento ou resfriamento de determinados espaços.

Segundo o estudo divulgado pela Agência Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), as tonalidades que mais absorvem o calor são o preto (98% do calor solar), cinza escuro (90%), verde-escuro (79%), azul-escuro (77%), amarelo-escuro, marrom e vermelho escuro (70% cada). Os dados foram coletados levando em consideração as cores mais aplicadas em fachadas de edifícios no Brasil. 

 

Como ser mais sustentável

O conhecimento sobre a influência das cores no ambiente se transforma em um importante aliado em escolhas a favor da sustentabilidade predial, assim como em todas as áreas. Ciente disso, o GBC Brasil atua na capacitação contínua, engajamento profissional e iniciativas socioculturais por meio, por exemplo de eventos e cursos

Com o intuito de transformar a indústria da construção civil e a cultura da sociedade em direção à sustentabilidade, a organização é focada no desenvolvimento e na promoção de diferentes sistemas de certificação, em que utiliza suas forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de “prédios verdes”.

Se você se interessou pelo movimento e quer conhecer quais empresas já fazem parte, acesse a nossa área de membros do GBC. Lá você pode conferir a lista de todas as organizações e também os maiores cases de construções sustentáveis

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