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Com 44 mil metros qua­dra­dos, ilu­mi­na­ção natu­ral e plan­tas da Mata Atlân­tica, pré­dio busca apro­xi­mar pes­qui­sa­do­res e estu­dan­tes.

Felipe Rau/ Estadão

Com oito pavi­men­tos, essa nova cons­tru­ção cus­tou R$ 700 milhões – cap­ta­dos por meio de doa­ções.

A leste ficam as salas de aula. A oeste, labo­ra­tó­rios de pes­quisa. As fron­tei­ras entre as duas áreas, porém, são tênues e tudo leva a um espaço de con­vi­vên­cia cen­tral, com plan­tas nati­vas da Mata Atlân­tica, que busca apro­xi­mar estu­dan­tes e pes­qui­sa­do­res. O novo Cen­tro de Ensino e Pes­quisa (CEP) Albert Ein­s­tein, Câm­pus Cecí­lia e Abram Szaj­man, no Morumbi, tem inau­gu­ra­ção pre­vista para junho, mas já é ocu­pado por aca­dê­mi­cos desde março. O edi­fí­cio tem 44 mil metros qua­dra­dos, oito pavi­men­tos e cus­tou R$ 700 milhões – cap­ta­dos por meio de doa­ções.

A leste ficam as salas de aula. A oeste, labo­ra­tó­rios de pes­quisa. As fron­tei­ras entre as duas áreas, porém, são tênues e tudo leva a um espaço de con­vi­vên­cia cen­tral, com plan­tas nati­vas da Mata Atlân­tica, que busca apro­xi­mar estu­dan­tes e pes­qui­sa­do­res. O novo Cen­tro de Ensino e Pes­quisa (CEP) Albert Ein­s­tein, Câm­pus Cecí­lia e Abram Szaj­man, no Morumbi, tem inau­gu­ra­ção pre­vista para junho, mas já é ocu­pado por aca­dê­mi­cos desde março. O edi­fí­cio tem 44 mil metros qua­dra­dos, oito pavi­men­tos e cus­tou R$ 700 milhões – cap­ta­dos por meio de doa­ções.

“O ensino já come­çou. A pes­quisa deverá fazer a mudança de alguns labo­ra­tó­rios, e o pre­en­chi­mento dos labo­ra­tó­rios, durante o mês de maio, para poder inau­gu­rar em junho”, adi­anta o pre­si­dente da Socie­dade Bene­fi­cente Isra­e­lita Bra­si­leira Albert Ein­s­tein, Sid­ney Klaj­ner, ao Esta­dão. Con­forme Klaj­ner, a cons­tru­ção do pré­dio “coroa” a tra­je­tó­ria do ensino e da pes­quisa do Ins­ti­tuto Isra­e­lita Albert Ein­s­tein (IIEP), que com­ple­tam 24 anos em 2022. No entanto, fazem parte do pla­ne­ja­mento do Ein­s­tein desde a fun­da­ção, em 1955.

O novo cen­tro fica ao lado do Pavi­lhão Vicky e Joseph Safra, do Hos­pi­tal Isra­e­lita Albert Ein­s­tein, no Morumbi. A liga­ção entre o bloco de medi­cina ambu­la­to­rial e o novo pré­dio se dá por uma pas­sa­rela de vidro – que alguns cha­mam de “Por­tal do Conhe­ci­mento”. Após atra­ves­sar a pas­sa­rela e pegar o ele­va­dor, a sen­sa­ção é de estar em um ecos­sis­tema com­ple­ta­mente dife­rente do entorno. Por mais que seja pos­sí­vel ver, pelas jane­las, o trân­sito da Ave­nida Lebret, o silên­cio reina. Para per­mi­tir a entrada de ilu­mi­na­ção natu­ral, o teto é de vidro. A entrada da quan­ti­dade de luz ideal para con­forto ocu­lar e sobre­vi­vên­cia das plan­tas é pro­por­ci­o­nada

O novo cen­tro fica ao lado do Pavi­lhão Vicky e Joseph Safra, do Hos­pi­tal Isra­e­lita Albert Ein­s­tein, no Morumbi. A liga­ção entre o bloco de medi­cina ambu­la­to­rial e o novo pré­dio se dá por uma pas­sa­rela de vidro – que alguns cha­mam de “Por­tal do Conhe­ci­mento”. Após atra­ves­sar a pas­sa­rela e pegar o ele­va­dor, a sen­sa­ção é de estar em um ecos­sis­tema com­ple­ta­mente dife­rente do entorno. Por mais que seja pos­sí­vel ver, pelas jane­las, o trân­sito da Ave­nida Lebret, o silên­cio reina. Para per­mi­tir a entrada de ilu­mi­na­ção natu­ral, o teto é de vidro. A entrada da quan­ti­dade de luz ideal para con­forto ocu­lar e sobre­vi­vên­cia das plan­tas é pro­por­ci­o­nada

Por uma téc­nica de seri­gra­fia, que parece criar uma estampa poá nas peças de vidro. A ideia da cons­tru­ção é sim­bo­li­zar um “oásis do conhe­ci­mento”. “Ele acaba se mani­fes­tando como se fosse o ato de ler um livro ou estu­dar embaixo de uma árvore”, conta Klaj­ner.

Ao mesmo tempo, o pré­dio é ampla­mente auto­ma­ti­zado e pos­sui tec­no­lo­gias que visam à Efi­ci­ên­cia energé­tica. A cons­tru­ção tem Cer­ti­fi­ca­ção Leed Gold, cedida a pré­dios sus­ten­tá­veis. Do ponto de vista estru­tu­ral, o cen­tro foi dese­nhado para ser ver­sá­til e res­pon­der rapi­da­mente a mudan­ças quando neces­sá­rio. Para se ter uma ideia, são 21 salas de aula para aten­der estu­dan­tes de Medi­cina, de Enfer­ma­gem, da escola téc­nica e de pós-gra­du­a­ção. Porém, esse número pode pas­sar para mais de 40, com a ati­va­ção de um tri­lho que separa o espaço em dois.

A vege­ta­ção no vão cen­tral reúne dife­ren­tes espé­cies nati­vas da Mata Atlân­tica. A vege­ta­ção, con­forme Klaj­ner, pre­ci­sou ficar quase dois anos em estufa para se aco­mo­dar a viver em um ambi­ente fechado e cli­ma­ti­zado. O pro­jeto arqui­te­tô­nico é assi­nado pelo isra­e­lense Moshe Saf­die, res­pon­sá­vel pelo Crys­tal Brid­ges Museum of Ame­ri­can Art, nos Esta­dos Uni­dos, e pela Nati­o­nal Gal­lery of Canada, na capi­tal cana­dense, Ottawa. Com a ampli­a­ção do leque de labo­ra­tó­rios, o cen­tro tam­bém con­cre­tiza um passo na dire­ção da meta de tor­nar o Ein­s­tein um dos dez melho­res luga­res do mundo para se pes­qui­sar. Atu­al­mente, há cerca de 700 pro­je­tos de pes­quisa em anda­mento. Com o novo pré­dio, o obje­tivo é aumen­tar a com­ple­xi­dade e o número das ini­ci­a­ti­vas.

PROJETO. O pro­jeto do pré­dio foi con­ce­bido em 2016, ano de iní­cio da gra­du­a­ção de Medi­cina do Ins­ti­tuto. Segundo Klaj­ner, as cons­tru­ções come­ça­ram ainda no fim de 2018 e leva­ram quase três anos para serem con­clu­í­das. As ati­vi­da­des de ensino nas salas de aula do pré­dio come­ça­ram no dia 7 de março. E ele conta que o pri­meiro dia de fre­quên­cia foi de grande eufo­ria entre os estu­dan­tes. “Eles aguar­da­ram pelo pré­dio durante todo o tempo da cons­tru­ção”, explica. Vídeos de alu­nos mos­trando a estru­tura vira­li­zam na pla­ta­forma de entre­te­ni­mento Tik­Tok – alguns acu­mu­lam mais de 1 milhão de visu­a­li­za­ções.

O vídeo no qual a estu­dante de Medi­cina, Mari­anna Cury, de 21 anos, mos­tra seu pri­meiro dia no pré­dio já tem quase 80 mil visu­a­li­za­ções. “(Apa­re­ceu) muita gente que­rendo saber o que era, se era uma facul­dade”, conta. “É sur­real, muito dife­rente de qual­quer outra facul­dade. Dá uma von­tade de estar aqui mesmo. Dá uma sen­sa­ção de bem-estar”, fala, ao citar a quan­ti­dade de áreas ver­des e a ilu­mi­na­ção natu­ral.

A tam­bém estu­dante de Medi­cina, Mari­ana Netto Otsuka tem cerca de 1,3 milhão de visu­a­li­za­ções em um vídeo em que elenca curi­o­si­da­des sobre o pré­dio. Ela define o espaço como futu­rís­tico. “É muito tec­no­ló­gico. Tudo faz sen­tido e foi muito bem pen­sado. A pró­pria sala de aula é con­tro­lada por tec­no­lo­gia. Tem um tablet que con­trola pro­je­tor, o arcon­di­ci­o­nado, a per­si­ana.”

Sus­ten­ta­bi­li­dade A entrada da quan­ti­dade de luz ideal para con­forto ocu­lar e sobre­vi­vên­cia das plan­tas é por seri­gra­fia

Medi­ca­men­tos Cen­tro ainda abri­gará as cinco prin­ci­pais linhas de pes­quisa, com des­ta­que para AVC e dia­bete

PESQUISA. A outra ala ainda se pre­para para rece­ber o corpo de pes­quisa do Ein­s­tein. Alguns equi­pa­men­tos estão envol­tos por papel-bolha e a movi­men­ta­ção é com­posta por cons­tru­to­res que fazem os ajus­tes finais, e pes­qui­sa­do­res que se intei­ram do espaço que vão uti­li­zar.

O cen­tro vai abri­gar as cinco prin­ci­pais linhas de pes­quisa do Ein­s­tein. Entre elas, estu­dos que tes­tam medi­ca­men­tos para frear um segundo aci­dente vas­cu­lar cere­bral (AVC), com­ba­ter tumo­res e con­ter avanço de dia­bete em paci­en­tes adul­tos. “Nós temos a inten­ção de estar­mos entre os melho­res do mundo (em pes­quisa), até para inter­câm­bio de pro­je­tos e de pes­qui­sa­do­res”, fala o pre­si­dente. “Ter esse cen­tro de pes­quisa é um tre­mendo atra­tivo para isso.”

 

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por O Estado de S. Paulo

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