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Quem circula pelo Batel, em Curitiba, já deve ter notado a presença de uma obra “diferenciada” entre os tradicionais e conhecidos prédios da região. Um bloco único, em tom de branco translúcido, ocupa o número 1.713 da Avenida do Batel e apresenta a Galeria Laguna, central de vendas da construtora de mesmo nome que será inaugurada nesta quinta-feira (22) em evento para convidados.

“Queríamos algo com design, com [fator] surpresa. Nossa ideia é provocar o mercado imobiliário e vender imóveis de uma forma diferente. Fazer com que a experiência de compra comece no momento em que a pessoa entrar na galeria, com que os clientes sintam-se melhores e mais à vontade para conhecerem nossos imóveis”, aponta Luiz Renato da Silva Filho, gerente de desenvolvimento imobiliário da Construtora Laguna, que tem André Marin como diretor de incorporação.

Para isso, a empresa apostou no talento e na ousadia de um dos mais reconhecidos e premiados escritórios de arquitetura da capital: o Estúdio 41. Há 11 anos no mercado, o escritório já assinou obras como a Estação Comandante Ferraz, a estação de pesquisas brasileira na Antártida, entre outras obras públicas Brasil afora, mas ainda não tinha nenhum prédio executado na cidade.

“Somos mais conhecidos pelas obras que fizemos fora de Curitiba. É duro ser arquiteto, formado aqui, trabalhando aqui, mas não ter coisas realizadas aqui. Este é o nosso primeiro projeto para o mercado privado, e o primeiro em Curitiba. Começamos com o pé direito”, avalia Emerson Vidigal, à frente do Estúdio 41 juntamente com os sócios João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic, Eron Costin e Fabio Henrique Faria.

A galeria

A clareza do programa e um briefing bem detalhado foram cruciais para que o desenvolvimento do projeto ocorresse sem sobressaltos, mesmo com o uso de soluções inovadoras. Neles, estavam previstas a construção de uma loja de mais de 1 mil m² que abrigasse espaços para o staff da construtora, café, áreas de estar e salas para reuniões, além de áreas para a instalação e visitas dos apartamentos decorados, que são de até 4, simultaneamente.

A construção foi quase toda industrializada, do estrutural ao fechamento, com poucos processos de canteiro, o que garantiu velocidade à obra e a adoção de materiais pouco usuais, especialmente quando comparados às obras realizadas em solo brasileiro.

O mais notável deles é o policarbonato, utilizado para o fechamento de toda a “caixa única” que forma a edificação. “A central de vendas precisava ter certo grau de surpresa. Quem a vê da rua percebe [que se trata de algo] diferente. O policarbonato [fabricado em Israel] faz da fachada mais translúcida, funciona como um filtro da luz natural que a atenua e a torna mais difusa no espaço interno, além de ser leve, ter a montagem facilitada e estética [diferenciada]”, justifica Vidigal. O arquiteto destaca ainda que o material sofre certo preconceito e é pouco usado no Brasil em decorrência de sua má qualidade e/ou má aplicação, que podem fazer com que o policarbonato mofe, devido à infiltração de água nos alvéolos, ou acumule calor, transformando o espaço interno em uma espécie de estufa.

Para garantir estanqueidade, que leva ao conforto térmico e, principalmente, acústico no interior da central de vendas, o piso térreo do edifício foi revestido internamente com uma camada de vidro acidato (tipo de vidro submetido a um tratamento com ácidos que traz opacidade para a superfície), utilizado pela primeiro vez no Brasil, segundo Vidigal.

“São dois materiais muito novos utilizados para fazer as camadas de atenuação da luz e promover a sensação de bem-estar no espaço, que é o objetivo primeiro de toda boa arquitetura”, destaca o arquiteto do Estúdio 41.

Um que são três

Não seria raro encontrar quem, ao ver o prédio da rua e desconhecendo sua finalidade, pense se tratar de um museu de arte contemporânea ou de uma galeria de arte. A estética que foge do usual chama, sim, a atenção dos transeuntes, mas também faz com que a caixa translúcida, que permite a passagem da luz natural durante o dia e que transforma o edifício em uma luminária em meio à cidade, à noite, guarde outros “elementos surpresas” do projeto assinado pelo Estúdio 41.

Ao entrar na Galeria, o visitante se depara com três pisos, e não apenas um, como pode sugerir sua vista da calçada, nos quais o minimalismo é imperativo e expresso em acabamentos como granilite (piso) e concreto aparente (paredes).

“A central de vendas tem alguns ‘truques’. No térreo, o visitante entra por uma passarela de onde vê o piso inferior (subsolo) e o segundo piso, onde serão montados os decorados. Ela funciona quase como um mesanino, com pé-direito duplo”, conta Vidigal.

A tecnologia é outra aliada do projeto e está presente em soluções que garantem desde a qualidade do ar no interior da edificação até painéis em LED para apresentações interativas dos empreendimentos comercializados pela construtora.

“Nosso foco é mais voltado à experiência, não tanto aos decorados em si. O uso da tecnologia e a sustentabilidade estão alinhados aos nossos projetos. Nosso grande desejo é o de que as pessoas sintam na Galeria o que irão sentir nos nossos imóveis, a arte que entregamos”, reforça Silva Filho, gerente de desenvolvimento imobiliário da Laguna.

Sustentabilidade

Como não poderia deixar de ser, considerando que a Construtora Laguna é uma das empresas do setor imobiliário que mais investe em soluções e certificações ambientais e de saúde e bem-estar para seus empreendimentos, a sustentabilidade é outra marca registrada do projeto da Galeria Laguna.

Segundo a empresa, trata-se da edificação mais sustentável do mundo, ao agregar seis diferentes certificações, com consultoria de Guido Petinelli: LEED Platinum, WELL Platinum, LEED Zero Energy, LEED Zero Water, LEED Zero Waste e LEED Zero Carbon. Ainda segundo a Laguna, a pontuação obtida pela edificação nestes selos faz com que ela supera a de obras como o One World Trade Center e a sede da Apple, em Cupertino (EUA).

Para conquistá-las, foram adotadas soluções como a instalação de placas fotovoltaicas, que garantem a produção de 100% da energia consumida no prédio, e o reaproveitamento e tratamento de 100% da água das chuvas para toda a água consumida no interior do edifício.

Há, ainda, o estímulo ao uso de meios alternativos de transporte, com a implantação de bicicletário e vestiário, por exemplo, e a integração do prédio ao entorno, por meio de uma praça pública aberta à comunidade.

“A praça foi pensada para o público usá-la. Há tomadas para carregamento, torneira para pet, uma escultura do artista baiano Emanoel Araújo — falecido há pouco dias [no último dia 7 de setembro] –, que é um presente da Laguna para a cidade”, convida o gerente de desenvolvimento imobiliário da construtora, Luiz Renato da Silva Filho.

 

 

Via Gazeta do Povo

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