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O mercado de construção e o estímulo às áreas verdes urbanas

Publicado em 04 . 06 . 2024

As mudanças climáticas extremas previstas há anos já estão podendo ser sentidas na pele, literalmente. 2023 registrou recordes de temperatura em todo o mundo, fazendo com que pessoas de diferentes regiões do planeta enfrentassem ondas de calor intensas, especialmente aquelas que habitam em regiões urbanizadas.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), até 2100 o mundo pode aquecer cerca de 5,7°graus e níveis potencialmente fatais de calor e umidade devem afetar de 50% a 75% da população mundial. Nesse sentido, as cidades devem estar expostas ao dobro do nível de estresse térmico em comparação às áreas rurais.

As ondas de calor, por exemplo, são um dos elementos que compõem as mudanças climáticas atuais e que provocam consequências tanto ambientais quanto econômicas e sociais. Com a presença desse fenômeno, as áreas urbanizadas estão sujeitas ao surgimento das ilhas de calor, caracterizadas pela maior temperatura das cidades em relação às áreas vizinhas. Além da maior concentração de materiais como asfalto, concreto e superfícies escurecidas, a ausência de vegetação e corpos d’água também contribui significativamente para esse aquecimento.

A presença de áreas verdes nas cidades é um fator-chave no que diz respeito a regulação da temperatura, irradiação solar, umidade e controle da poluição do ar. Sabendo disso, é preciso “pensar verde” na hora de construir ou reformar regiões urbanas, tendo em mente o bem-estar e a saúde da população bem como a preservação do local a longo prazo.

Um exemplo de solução disponível no setor de construção civil que alia a importância da presença de áreas verdes em centros urbanos e o papel sustentável e estrutural de árvores nesse contexto é o Tree Tank. Ele é um sistema modular que cria um espaço adequado e saudável para o desenvolvimento das raízes das árvores, mitigando o risco de causarem danos ao asfalto e interferência na tubulação subterrânea, apoia na prevenção da queda de árvores em fenômenos como temporais e vendavais, e contribui para a redução do estresse térmico
experimentado pelas pessoas.

Além de uma questão estética, os benefícios da presença de árvores em áreas urbanas são diversos. A copa das árvores, por exemplo, atua como uma barreira solar natural ajudando a interceptar os raios solares, impedindo o aquecimento do entorno e diminuindo as ilhas de calor urbanas. Quando ocorre aumento de temperatura nas cidades, as árvores também podem ajudar a esfriar o clima em até 8 graus Celsius, ajudando também a absorver até 150 kg de CO₂ ao ano e reduzir também os danos por inundações.

A visão 360° do setor de construção é estratégica e necessária diante dos desafios ambientais que estamos presenciando. É preciso não só potencializar soluções como essa em obras de todos os portes, mas também ficar de olho no futuro, estimulando a construção de cidades resilientes ao clima.

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Por Álvaro Almeida, gerente da área de Resiliência Climática Urbana da Amanco Wavin.

 

 

 

 

 

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